Zoo Urbano: exposição feita inteiramente de matérias recicláveis invade São Paulo

No mês de Outubro o parque do Ibirapuera localizado na capital paulista ganhou uma linda exposição feita inteiramente de  materiais recicláveis, os artistas criaram a partir destes matérias  vários animais como peixes, ursos polares, tartarugas, corujas, gorilas, garças e borboletas, no total, são 22 esculturas feitas com resíduos urbanos, descartados pelos paulistanos. A forma de cada animal foi definida pelo artista criador da obra, mas também pessoas das comunidades, onde o material foi coletado .o projeto tem como objetivo central utilizar o espaço público para a conscientização da população sobre a importância da preservação do meio ambiente, o cuidado com os animais e a produção de lixo nas grandes cidades., a maioria dos animais representados são agressivamente prejudicados pelo aquecimento global, desmatamento e poluição.

A exposição ficou durante todo mês de outubro na Praça da Paz dentro do Ibirapuera , mesmo ao final da exposição ainda tinham muitos visitantes que se encantavam com o talento dos artistas, desde crianças até os adultos, alguns dos animais como o gorila e a borboleta eram interativos, o grande e imponente gorila se tornou um trono fazendo  enorme sucesso para as fotos e cliques, que depois podiam ser postados nas redes sociais com a hashtag #EUNAMONARCA e  logo apareciam no corpo cheio de aparelhos televisivos da borboleta produzido pelo artista Tito Cunha.

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A curadoria do Zoo Urbano foi feita por Burt Sun, artista multimídia americano, diretor criativo e consultor de várias organizações culturais nos Estados Unido como, o American Repertory Theatre na Universidade de Harvard, Cooper Hewitt National Design Museum, Chicago Field Museum e o Centro Cultural em Cambridge, Massachusetts.

As esculturas ficaram em exposição em São Paulo até o final de outubro, agora serão  expostas em Dezembro em Miami, nos Estados Unidos, mas calma quem não conseguiu ver ainda terá a oportunidade pois o Zoo Urbano já tem data prevista para voltar ao Brasil, em janeiro a exposição irá para a sede do projeto Tamar, em Ubatuba, no litoral paulista.


Veja aqui a lista dos artistas e de suas obras                       

Adriana Mattos – Dragão Mensageiro, confeccionado com ferros recuperados e guarda-chuvas coloridos;
Beto Carrazone – (re)Criação do Mundo, feita com tubos de PVC;
Claudinei Ribeiro – Urso Polar, confeccionado com ferros e tapete branco recuperado;
Didio Dufrayer – Jaula, feita com portões reutilizados;
Fabio Benetti – Polvo Polimérico, produzido com ferro;
João Di Souza – Peixe, confeccionado com guarda-chuvas coloridos;
Francisco Rosa – Simbiose Veado-Campeiro, produzido com arame reciclado e ninhos com sementes para atrair pássaros;
Helena Sardenberg – Condessa de Caxaná (lagarto), feito com prancha e garrafas pet recicladas;
Jaques Faing – Eye Dada (cobra), confeccionada com tambores reaproveitados, chaminés de pizzaria e latas vazias;
Juvenal Pereira – Robalo o Rio Doce, produzido com chapas de vidro recicladas e iluminação solar interna;
Leopoldo Martins – Jaguar Gourmet, feito com pratos e talheres reutilizados;
 Marjorie Yamaguti – Arac, produzida com bambus;
Olivia Lambiasi – Borboletas, confeccionada com recorte de 1000 borboletas em chapas de aço que formarão uma borboleta única;
Sonia Costa – Gorila Nanã, feito com garrafas pet;
Sylvia Soares – As Garças, produzida com ferros e caixas de leite reutilizados;
Tida Ricco – Tatú, confeccionado com papel machê e serragem e parte externa com notícias de mulheres de outros lugares do mundo;
Tito Cunha – Formigaranha, feito com pelas usadas em geral (chaminé e ar condicionado, por exemplo) e Borboleta Monarca Suvinil, confeccionada com latas de tinta, tambores e monitores;
Fabio Souza – Tartaruga, produzida com carcaça de fusca e lixos retirados de tartarugas recolhidas pelo TAMAR, e Foca, feita com resíduos plásticos recolhidos do parque do Ibirapuera;
Andréa, Renata e Inês (Coletivo Acupuntura Urbana) – Coruja Garatuja, feita com 1000 tubos de papelão e miolo de papel toalha;
Gina Elimelek – Ave Rara, produzida com restos do material de escolas de samba.

Texto: Leila Aguiar

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